A Justiça do Maranhão indeferiu o pedido da defesa de Jordélia Pereira Barbosa, de 36 anos, para a realização de um exame de sanidade mental. Ela é acusada de duplo homicídio e tentativa de homicídio após enviar um ovo de Páscoa envenenado à casa de Mirian Lira, em Imperatriz, crime que resultou na morte dos filhos da vítima — Evely Fernanda, de 13 anos, e Luiz Fernando, de 7 — e deixou Mirian hospitalizada em estado grave.
A decisão foi tomada na primeira audiência de instrução, realizada na segunda-feira (14), no Fórum Henrique de La Roque Almeida. O juiz entendeu que não há indícios de incapacidade mental que impeçam Jordélia de responder por seus atos.
Durante o depoimento, Jordélia admitiu novamente que comprou e enviou o ovo de chocolate, mas negou ter colocado veneno no doce, atribuindo o crime a terceiros — versão considerada sem fundamentos pela Justiça.
Mirian, que sobreviveu à ingestão do doce, participou da audiência de forma virtual. Ela relatou que vinha sendo ameaçada desde que iniciou um relacionamento com o ex-marido da acusada.
Outras testemunhas também foram ouvidas, incluindo o mototaxista que fez a entrega, o irmão da vítima e colegas de trabalho. Segundo a mãe de Mirian, Francisca Lira, Jordélia chegou a ligar para Mirian após a entrega, confirmando o envio do presente, mas sem revelar sua identidade de imediato.
A família das vítimas acompanha o caso com esperança de punição exemplar. “Eu estou confiante que a justiça vai ser feita. Hoje é o primeiro passo e os outros virão. Confio na Justiça dos homens e na de Deus”, afirmou Francisca.
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