O local, é historicamente conhecido como Palácio das Lágrimas por várias lendas que foram sucessivamente sendo escritas e reescritas pelos poetas e autores maranhenses. Na década de 30 do século XX é que as primeiras faculdades viriam a ser criadas no Maranhão e, dentre elas, a de Direito e a de Farmácia, por meio do incentivo feito pela Academia Maranhense de Letras (AML) que doou parte do seu acervo de livros para que o processo de criação fosse legitimado. Lenda cita a existência de um casarão de três pavimentos na Rua de São João, defronte à Igreja e esquina com a Rua da Paz. Nesse casarão, moravam dois irmãos imigrantes portugueses que vieram para o Maranhão, no século XIX, fazer fortuna, como era costume na época. Um dos irmãos era chamado de Jerônimo de Pádua e ficou rico com o comércio, mas também com o tráfico de escravos.
O outro irmão não conseguiu ficar rico e, por isso, assassinou Jerônimo de Pádua, ficando com todos os seus bens, inclusive os escravos e, especialmente, com uma escrava que era amante do seu irmão. Essa escrava, que tinha vários filhos com o Jerônimo de Pádua, foi bastante sacrificada e humilhada pelo assassino por vários anos até que um dos seus filhos descobriu a verdade e matou o tio. Diz a lenda que o filho da escrava jogou o tio por uma das janelas do casarão e foi preso pela polícia, sendo também condenado à morte por enforcamento. Antes da consumação do enforcamento que aconteceu diante do sobrado, o condenado amaldiçoou o casarão fatídico com as palavras "Palácio que viste as lágrimas derramadas por minha mãe e meus irmãos. Daqui por diante serás conhecido como Palácio das Lágrimas".
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