Pular para o conteúdo principal

Beth Carvalho morre no Rio.


A cantora e compositora Beth Carvalho morreu no Rio nesta terça-feira (30), aos 72 anos. Ela estava internada no Hospital Pró-Cardíaco, no Botafogo, Zona Sul da cidade, desde 8 de janeiro de 2019.

Com mais de 50 anos de carreira e dezenas de discos gravados, Beth Carvalho é um dos maiores nomes do samba e considerada madrinha de artistas como Zeca Pagodinho, Arlindo Cruz e Jorge Aragão – daí o apelido "Madrinha do Samba".

Um problema na coluna já afligia a cantora havia algum tempo. Em 2009, Beth Carvalho chegou a cancelar sua apresentação no show de réveillon, na Praia de Copacabana, por causa de fortes dores. Em 2012, a cantora se submeteu a uma cirurgia na coluna. No ano seguinte, Beth foi homenageada pela escola de samba Acadêmicos do Tatuapé, no carnaval de São Paulo, mas não participou do desfile já por motivos de saúde. Lu Carvalho, sobrinha de Beth, foi quem representou a tia na ocasião.

Em 2018, com a mobilidade cada vez mais reduzida pelos efeitos do problema na coluna, Beth Beth fez um show histórico. Ao lado do grupo fundo de Quintal, ela mostrou sua força ao cantar deitada seus sucessos no show “Beth Carvalho encontra Fundo de Quintal – 40 anos de pé no chão”.

Durante sua internação no início de 2019, Beth teve que reduzir a quantidade de visitas. A informação foi compartilhada por sua filha, Luana, após um vídeo mostrar a cantora debilitada cantando deitada na cama do hospital.

Elizabeth Santos Leal de Carvalho nasceu no Rio, em 5 de maio de 1946. De acordo com o site oficial da artista, seu contato com a música foi incentivado pela família, ainda na infância. Aos 8 anos, apareceram o gosto pela dança e o primeiro violão, que ela ganhou dos avós. Após a prisão do pai no período da ditadura, em 1964, Beth passou a ministrar aulas de música.

Em 1965, gravou o seu primeiro compacto simples, com a música “Por quem morreu de amor”, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. Seu grande sucesso, “Andança”, é o título de seu primeiro LP, lançado em 1969.

Beth participou de quase todos os festivais de música da época. Em 1968, conquistou a terceira posição no Festival Internacional da Canção (FIC), justamente com “Andança”.

A partir de 1973, passou a lançar um disco por ano e emplacou vários sucessos como “1.800 Colinas”, “Saco de Feijão”, “Olho por Olho”, “Coisinha do Pai”, “Firme e Forte” e “Vou Festejar”. Também gravou composições de Cartola, como “As rosas não falam”, e “Folhas Secas”, de Nelson Cavaquinho.

A cantora era apaixonada pela Mangueira, sua escola de samba do coração, e pelo bloco Cacique de Ramos, onde conheceu muitos de seus apadrinhados. “Beth é inquieta. Não espera que as coisas lhe cheguem, vai mesmo buscar. Pagodeira, ela conhece a fertilidade dos compositores do povo e, mais do que isso, conhece os lugares onde estão, onde vivem, onde cantam, como cantam e como tocam”, diz a biografia publicada em seu site oficial.

Em 1979, Beth se casou com o jogador de futebol Edson de Souza Barbosa e, dois anos depois, deu à luz sua única filha, Luana Carvalho.

A cantora já fez inúmeras apresentações em cidades ao redor do mundo, subiu ao palco do Carnegie Hall, em Nova York, e até teve sua música representada no espaço sideral. Em 97, “Coisinha do pai” foi programada pela engenheira brasileira da NASA, Jacqueline Lyra, para “despertar” um robô em Marte.

Em junho de 2002, recebeu das mãos de Dona Zica, viúva de Cartola, o Troféu Eletrobrás de Música Popular Brasileira, no Teatro Rival do Rio de Janeiro. Seu 26º disco, “Pagode de mesa 2” (2000), concorreu ao Grammy Latino na categoria melhor disco de samba.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Mais um empresário é morto a tiros na Grande São Luís

 Pelas informações, o empresário, dono de uma revenda de gás, reagiu a um assalto acabou levando o tiro fatal. O empresário Ivan Monteiro, conhecido como "Ivan do Gas", foi assassinado a tiros, na manhã desta quinta-feira (30), no Residencial Turiü-ba, em São José de Ribamar, na região metropolitana de São Luis Pelas informações, o empresário, que trabalhava no ramo de revenda e distribuição de gás, foi vitima de um assalto Ao reagir, Ivan foi atingido por um disparo fatal na artéria femoral, o que provocou um sangramento grave. Um vídeo que circula em grupos de what-sapp mostra o momento do ataque contra o empresário. O empresário chegou a ser so-corrido imediatamente e levado ao hospital da cidade, mas não resistiu à gravidade do ferimento e morreu. A policia trabalha para identificar e prender os autores da ação criminosa.

O cantor Agnaldo Rayol morreu, aos 86 anos, na madrugada desta segunda-feira (4).

  O cantor Agnaldo Rayol morreu, aos 86 anos, na madrugada desta segunda-feira (4) após sofrer uma queda em sua residência, localizada em Santana, na zona norte de São Paulo. No momento do acidente, ele estava acompanhado por um cuidador da família e estava lúcido quando o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi chamado. Segundo a assessoria de imprensa do artista, a ambulância demorou a chegar. Rayol foi levado ao Hospital HSanp, também em Santana, onde foi atendido por um corte na cabeça. Reconhecido por sua voz de barítono, Agnaldo Rayol fez carreira como cantor e apresentador em várias atrações da televisão brasileira. Entre seus maiores sucessos estão as interpretações de canções italianas, como “Mia Gioconda” e “Tormento D’Amore”. Em nota, a assessoria do cantor ressaltou a importância de sua trajetória: “Agnaldo Rayol deixa um legado inestimável para a música brasileira, com uma carreira que atravessou décadas e tocou os corações de milhões de fãs. A família agra...

Morre o jornalista e radialista Luís Cardoso, aos 65 anos, em São Luís

 Titular de um dos blogs mais populares do Maranhão, jornalista foi encontrado morto em sua residência. Luís Cardoso foi encontrado morto por familiares neste sábado (12). (Arquivo Pessoal) SÃO LUÍS - O jornalista e radialista Luís Cardoso, de 65 anos, foi encontrado morto neste sábado (12), em sua residência em São Luís. A causa da morte ainda não foi confirmada, mas familiares acreditam que ele sofreu um infarto enquanto estava sozinho em casa. Ainda de acordo com a família, Luís Cardoso passou pelo menos dois dias sem dar notícias. Diante desse cenário, os familiares foram até a casa dele, arrombaram uma porta e o encontraram morto. Luís Cardoso iniciou a carreira jornalística em 1980, no jornal O Diário do Povo, e depois teve passagens por vários veículos da imprensa maranhense, como O Estado do Maranhão, Jornal Pequeno, Rádio Ribamar, TV Ribamar, O Povo do Maranhão e Rádio Capital, além de ser sócio-proprietário do jornal Atos & Fatos, do Diário da Manhã e do Jornal A Tard...